O que é preciso saber na hora de fazer um fechamento de arquivo.

Uma etapa extremamente importante quando um material é finalizado e precisa ser enviado para a impressão é o  fechamento de arquivo. 

Essa etapa deve ser feita com muito cuidado para que na entrega do material impresso  tudo seja entregue conforme o esperado, por exemplo tamanho do material,qualidade das imagens, etc.  

Para isso, é necessário conhecer os diversos formatos de arquivos e quais softwares  utilizar para que não ocorra nenhum problema na hora da impressão.  

Abaixo vamo entender algumas etapas que deve-se dar atenção na hora de fechar um arquivo.

Qual a diferença entre um arquivo aberto e um arquivo fechado?

  • Arquivos abertos: São arquivos que permitem modificações e alterações na arte. 

Esses tipos de arquivos são salvos, por exemplo, em programas como Adobe Photoshop, Illustrator, InDesign, Corel Draw, entre outros.

  • Arquivos fechados: São aqueles que já finalizados enviados para a gráfica, arquivo que será utilizado na fabricação do material impresso, sem precisar de quaisquer edição ou modificação de conteúdo.

Modos de cor CMYK ou RGB, qual usar?

Essas duas formas diferentes de configuração são baseadas nos usos distintos das cores. O padrão de cor RGB composto por vermelho (Red), verde (Green) e azul (Blue) é baseado em luz e é utilizado para artes que serão utilizadas na internet ou em apresentações visuais em formato digital (telas). Já o padrão de cor CMYK composto por ciano (Cyan), magenta (Magenta), amarelo (Yellow) e  preto (key color) é baseado em pigmento (tintas), portanto é o correto a ser usado para criar peças que serão impressas. 

Imagens em alta resolução (300 dpis);

A resolução de um arquivo para impressão é diferente da resolução de um arquivo para a internet. Nas artes veiculadas  na internet é adotado o padrão de 72 dpi (72 pixels por polegada), enquanto para os arquivos impressos é necessário a utilização de os 300 dpi (pontos por polegada). Essa configuração está diretamente atrelada a qualidade das imagens, portanto quando menos for a resolução da imagem, abaixo de 300 dpis pior será a qualidade da imagem. Por isso, é importante se atentar para que o arquivo para impressão sempre tenha  300 dpis de resolução.

Conversão de textos em curvas

Um dos erros mais comuns no fechamento de arquivo é não converter o texto para curvas, ou ainda esquecer de enviar as fontes utilizadas para a gráfica. Esse é um grande problema, pois é possível que a gráfica não possua alguma fonte que foi utilizada na arte produzida.

Para que não ocorra alguma modificação na aparência da fonte quando o arquivo for aberto no dispositivo da gráfica, é extremamente importante o envio da mesma. 

Quando isso ocorre, a gráfica solicita a correção do arquivo, ou em alguns casos, os arquivos de instalação das fontes utilizadas.

Converter um texto em curva, faz com que o texto que antes era interativo se torne um desenho vetorial não alterável.

Como uma arte vetorizada não depende de uma fonte, o texto terá a mesma aparência em todos os computadores, assim evitando o problema com a ausência das fontes.

Aplicação de Overprint e Trapping

Overprint: 

O overprint é uma técnica que serve para “maquiar” possíveis falhas de impressão. Por exemplo, para um texto em preto não “vazar” sobre o fundo em cromia. Geralmente, os textos utilizam fontes entre 7 a 9 pontos, um tamanho relativamente pequeno, ou seja, qualquer desvio por menor que seja pode acabar aparecendo um filete branco em torno das letras. Além disso, o Overprint tem a capacidade de deixar o preto ainda mais escuro e vivo. Em alguns softwares como Indesign e Illustrator é padrão o preto 100% sair em overprint.

Trapping é uma técnica utilizada para evitar filetes brancos entre os encaixes das cores entre elementos da arte, na medida que excede um pouco a área de cobertura da cor entre os mesmos. Sendo assim, uma área sobressalente é criada e na hora do  registro de impressão evitando os  filetes brancos.

Aplicação das marcas de impressão 

Marcas de corte são indicadores de onde sua arte termina e onde o papel será cortado. Elas são visualizadas em volta da prancheta, mas não afetam a área impressa. No entanto, elas são gravadas nas chapas de impressão com registro preto para indicar onde será feito o refile.

Cruz de Registro são indicadores para sincronização das cores na hora da impressão, para que tudo se encaixe exatamente no lugar correto possibilitando a cromia e evitando problemas ocasionados pela falta de registro, tais como: fantasmas na impressão, filetes brancos, alteração na composição de cores, etc.

Escalas densitométricas São indicadores para aferição da densidade de impressão. Para medir a porcentagem de retícula e certificar que está tudo correto na impressão conforme o projeto.

Escalas Colorimétricas são indicadores para conferência das cores impressas, CMYK + cores especiais quando for o caso, e suas interações assim como a conferência de entintagem e pressão aplicada no processo de impressão. Garantindo que se obtenha uma impressão uniforme em toda sua extensão.

Informações sobre o arquivo É um indicador organizacional e de identificação que será inserido no arquivo, ele é opcional, porém importante para identificar dados como operador, hora de produção, nome do arquivo, cor correspondente na hora separação de cores. Também ajuda a identificar qual a matriz correta, junto a matrizes iguais, em casos de reprodução/refação de uma determinada matriz por devidas avarias ou desgaste.

Configuração de sangria

Essa etapa  é fundamental  na finalização da arte porque através da sangria, é possível evitar erros na hora de cortar seu material, sejam elas automáticas ou manuais elas evitam que surjam bordas brancas indesejadas na hora do acabamento . Existe um padrão de tamanho de sangria utilizado no mercado que pode variar entre 3 e 5mm de acordo com a gráfica, sendo o mais comum 5mm.

Aplicação de faca especial

O que é uma faca especial? A faca especial é uma matriz de corte e vinco realizada com lâminas de metal fixadas, normalmente, sobre uma base de madeira. É um equipamento utilizado para cortar o material gráfico, tendo sua principal função em dar formas especiais aos impressos que são impossíveis de se conseguir utilizando apenas os cortes retos das guilhotinas.

ARTE + FACA

ARTE

FACA

Para que essa matriz de corte seja produzida é preciso que o arquivo enviado para a gráfica possua o mapeamento da faca. Esse mapeamento consiste um anexo a arte que corresponda exatamente ao corte a ser executado e exatamente no mesmo lugar em relação a arte. Esse mapeamento geralmente possui configurações, na arte, de uma linha sólida de 1pt e na cor preto 100%.

Aplicação de acabamentos e enobrecimentos

Assim como a aplicação de facas especiais, alguns acabamentos e enobrecimentos precisam ser mapeados na arte quando houver a necessidade  de aplicação. Sua construção na arte é semelhante ao da faca, só que ao invés de utilizar apenas uma linha sólida o mapeamento a ser anexado junto a arte deve reproduzir a silhueta preenchida do local/elemento onde deve ser aplicado e também deve estar no local exato onde o elemento se encontra na arte.

Qual a escolha correta do formato de arquivo (PDF-X-1a; PDF-X-3; PDF-X-4)?

Conhecemos o formato de arquivo PDF que é utilizado para guardar até mesmo informações multimídia, funções interativas, recursos de salvamento automatizado, etc e que permite, inclusive, a realização de pequenos ajustes.

Apesar de conhecermos essa ferramenta, existem outros recursos que facilitam ainda mais no fechamento de arquivo, que são os formatos PDF/X. 

Os PDF/X são formatos padronizado e normatizados pela ONS 27  Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica, credenciado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Essa padronização permite que os arquivos salvos em PDF/X para pré-impressão passassem a ser fechados apenas com as informações fundamentais e padronizadas para uma impressão de qualidade. Isso foi necessário porque formatos comuns de PDF traziam consigo informações que não tinham funcionalidades na hora da impressão e incompatibilidades com diversos equipamentos, o que acabava dificultando a reprodução de alguns itens e interferindo no resultado final.

Conheça alguns formatos de arquivo PDF/X: 

PDF/X1-A:  arquivo em PDF/X-1A faz com que ele se torne mais leve e ainda facilita o envio, otimizando o tempo de entrega. Ele requer que todos os objetos estejam em CMYK, além de que o arquivo salvo deve contém apenas informações úteis para a impressão, sendo descartadas quaisquer anotações e comentários. Além disso, não permite transparência na arte. 

PDF/X-3: Esse outro formato de PDF para impressão é muito parecido com o PDF/X1-A, a diferença é que o PDF/X-3 permite a utilização de modos de cor variados, como RGB, LAB e ICC.

PDF/X-4: Essa versão é uma forma aprimorada do PDF/X-3, tendo seu maior diferencial o uso de transparências, o que garante uma impressão bem mais trabalhada, uma vez que seja o primeiro formato a permitir essa ação. 

Além disso, para utilizar esse formato, é necessária uma impressora que seja apta para ler a linguagem mais moderna de PostScript que ele possui. Esse formato também permite o uso de camadas, diferentemente dos anteriores.

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